Brasil: a caminho da sua real independência

Hoje é 7 de setembro.
Uma data histórica para todos nós brasileiros, pois representa o Dia da Independência de nosso País do jugo português. Naquele idos de 1822, às margens do rio Ipiranga, o príncipe regente Dom Pedro dava o "Grito de Liberdade" para o povo brasileiro. Começava ali, realmente, o que hoje conhecemos como o nosso Brasil.


Muito tempo se passou de lá pra cá. 
Tanto que para alguns a data de hoje representa apenas mais um "feriado nacional", ou seja, uma boa oportunidade de ir para a praia. Sim, até porque, para nós que moramos aqui no Nordeste desse maravilhoso Brasil a temporada de sol começa realmente agora. A abertura oficial do verão, como se diz por aqui.


Os desfiles cívicos em todo o país ainda tentam manter viva essa coisa do amor à Pátria, da cidadania. Mas, infelizmente, a realidade é que pouco se tem estimulado nas nossas escolas o amor ao nosso país, a essa terra maravilhosa que de tudo nos dá e, que se não dá, não é porque ela não pode, é porque quem dela toma conta não quer.


Mas hoje, talvez pela primeira vez na minha vida, parei realmente para pensar no que significa esse Dia da Independência. Apesar do Grito do Ipiranga, ainda estamos caminhando no que se refere a independência real.


Ainda temos muitas pessoas dependente da esmola dos outros, muitos que passam fome, outros que vivem em condições sub humanas, a beira de esgotos e canais, sem nunca terem usado um banheiro na vida. Isso mesmo!! Sem nunca terem usado um banheiro. E não pensem que isso é nesse interior de meu Deus, porque não é. É nas capitais que encontramos seres humanos em condições desumanas de sobrevivência. Para esses, a independência, infelizmente, ainda não chegou.


Vemos ainda em nosso país gente que ganha muito, gente que ganha muito pouco, gente que nem ganha, porque não tem seus direitos trabalhistas garantidos. Um exemplo disso é na maciça maioria dos hospitais do interior de Pernambuco, por onde andei recentemente com a Caravana do Cremepe, em pleno sertão do São Francisco.


Na Pátria do Cruzeiro muita gente ainda está sem rumo, jovens sem perspectivas de futuro, pais que vendem seus filhos para a prostituição por R$ 0,50, adolescentes que buscam no álcool e nas drogas a saída para a falta de saída de suas vidas.


Nesse Brasil independente muitas pessoas são dependentes de anciolíticos, do outro, de padrões equivocados de comportamento, de pensamentos ilusórios do que é a real felicidade. São dependentes de ter as coisas para serem feliz e esquecem de ser feliz com o que tem.


No país que tem o verde como uma das cores de sua bandeira, vemos as matas e florestas sendo derrubadas e destruídas pela exploração grotesca, acabando com os mananciais de água, com as reservas ecológicas naturais de nosso Brasil. Pessoas que visam apenas o seu lucro e não, o do país onde moram.


Nesse Brasil de tamanho continental, as pessoas se separam porque moram na Região Sul ou Norte, esquecendo que todos são feitos do mesmo material: corpo de carne, sangue vermelho, tecidos, pele, osso. E se dizem seguidoras do Cristianismo que prega que todos nós, independente da cor, raça ou classe social, somos todos filhos do mesmo Pai e, consecutivamente irmãos.


Mas, eu sei que tudo isso que ainda existe tem prazo de validade para acabar. 
Os tempos são chegados, graças a Deus, e tudo aquilo que é contrário ao amor, ao equilíbrio, a caridade, ao social, ao coletivo, vai deixar de existir.


Governos começam a se preocupar com os mais necessitados. A fatia do bolo, antes larga e grossa apenas para os que podiam pagar, começa a ser dividida com mais equilíbrio para o mais pobre, o mais carente. Gente começa a ter uma vida mais digna, com casa, comida e oportunidades. Áreas estão sendo saneadas por esse Brasil afora, o que vai gerar mais saúde para a população. 


Oportunidades de emprego e educação começam a existir para todos os recantos do país, trazendo desenvolvimento e progresso para os locais mais remotos desse Brasil.


As ditaduras mundo afora, e também aqui no Brasil, seja de que sentido for, estão caindo, sendo destruídas, porque as pessoas não aguentam mais viver na opressão. 


Em diversos pontos do país, pessoas anônimas fazem sua parte tentando melhorar a vida de outros mais necessitados numa grande corrente de amor e solidariedade.


Negociatas, comportamentos anti éticos, roubalheiras do dinheiro público começam a ser desmascaradas e a sociedade a se indignar e cobrar novas posturas. Mas, o primeiro a dar um novo rumo às posturas de vida somos nós mesmos, que fazemos a sociedade e, consecutivamente, fornecemos o material humano para a política, o jurídico e o social.


Jovens com outras mentalidades, mais éticos e comprometidos com o meio ambiente e com o que é certo estão voltando para esse mundo, se tornando profissionais de sucesso mais cedo, porque o tempo urge e não há tempo mais para se perder. As mudanças são urgentes para podermos alçar nosso país ao patamar de Pátria do Evangelho.


Não mais o evangelho de fachada, mas o evangelho vivido, sentido e praticado na vida de relação como um todo. Evangelho que vai mudar os costumes, as leis, as ações. E quem não quiser acompanhar essa mudança ficará para trás, porque nesses novos tempos não haverá mais espaço para separatismos, disputas inócuas entre irmãos que pensam diferente. A política será realmente a "ciência do bem viver" e não o trampolim para a satisfação egoica dos desejos mesquinhos e pessoais.


Em breve esse slogan que consta de nossa bandeira, "ordem e progresso" deixará de ser apenas meras palavras para se tornar uma realidade social. 


Eu não sei se estarei por aqui ainda quando essas coisas realmente começarem a se tornar "realidade". Mas sei que elas ocorrerão sim, porque eu acredito numa coisa inexorável: a lei de evolução.


Neste 7 de setembro, eu queria deixar aqui minha homenagem ao país que me recebe a algumas existências e que tem sido pra mim, muito mais do que uma casa: um lar.
Esse post de hoje também é um grito de esperança que dias melhores estão chegando para o povo do Brasil porque o sol brilha pra todos!


Viva o nosso Brasil. 
Viva a consciência.
Viva à Terra do Cruzeiro, pátria amada e idolatrada.
Salve o nosso 7 de setembro.

Comentários

  1. Oi, Alexandra!
    Gostei do que escreveu e vou repassar por e-mails a pessoas amigas. Realmente a “independência” é relativa e, muitas vezes, apenas uma palavra. Mas, assim como você, acredito nas mudanças, embora também não saiba se as verei nesta vida, pois elas são lentas, muito lentas.
    Que a nossa esperança continue em verde-vivo, como em nossa bandeira.
    Abraço fraterno,
    Denise.

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