Meu povo sofre novamente com a seca,
uma
das mais fortes dos últimos tempos, dizimando sem dó nem piedade a vida que
vicejava no meu sertão.
Rios
estão secos, animais estão mortos, as plantas estão ressecadas, pessoas choram
de sede e desespero.
Ô
Senhor, o que fazer?
Anos atrás alguém cantou as
dores da seca e dos seus moradores
e
nada, absolutamente nada foi feito para mudar essa situação.
A história se repete tal qual a letra da música nos dias atuais.
Que
dor Senhor, ver crianças pedindo água pra matar a sede e pais sem ter o que
oferecer.
Senhor,
pior do que a seca da terra é a aridez do coração dos homens.
Essa,
Senhor, não tem chuva que resolva porque ela vem da alma, ela vem do egoismo, ela
vem do descaso de um ser humano para com outro ser humano.
Ó Senhor, como dói ver a vida que antes vicejava perecer sem esperança.
Ilumina Senhor, o coração dos homens que tomam conta dos destinos desse país, acaba com
essa aridez que desconhece as necessidades de outro ser, que
usa dos recursos públicos para sua própria satisfação, que
se farta na fartura matando de fome e seca tanta gente.
Senhor, tem dó do meu povo e manda um pouquinho d'água para meu
sertão.
Faz
a caatinga florir de novo, os pastos ficarem verdinhos para que os animais
possam crescer e procriar.
Faz
meu povo ter água pra beber, Senhor.
Traz
de volta a esperança para os corações que já estão desesperançados.
E como dizia o poeta do sertão,
Oh, Deus, se eu não pedi direito o Senhor me perdoe, eu acho que
a culpa foi dessa criatura que nem sabe fazer oração ...
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