Te Contemplo ...

Te contemplo da minha janela.
Lá estás a surgir aos poucos na escuridão do céu.
Aqui também estou fisicamente no escuro
como forma de buscar acender também a minha luz.

Noite enluarada pelo teu brilho,
mostras-me o quanto é ténue a escuridão
o quanto ilusória é a nossa percepção do que vemos
e do quanto criamos de ilusão.

Nesse momento em que te contemplo de minha janela
nada mais desejo do que acompanhar tua tênue luz
nada mais anseio que a penumbra que me cerca
onde apenas tu reluz.

Se eu pudesse nesse momento algo pedir ao Criador
solicitaria a ele ser igual a ti
assim, meramente existir
sem amar ou sentir dor.

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