E a morte nos faz refletir ...

Nada como a morte para nos lembrar da fragilidade da vida.
Tantos orgulhos, tantas ambições, tantas vaidades, tantos melindres.
Para que tudo isso?
Para um túmulo.

E é diante da finitude da vida, que não tem dia, hora ou prazo para chegar, que nos perguntamos: o que estamos fazendo da nossa vida? Para onde estamos indo? Será que o rumo que tomamos é o correto?

A morte em si não me assusta, mas sim o que ela representa.
As vezes a separação física de alguém a quem amamos; em outras o interromper de sonhos; em outros momentos o desafio de encarar a si mesmo, seus equívocos.

Mas em outras vezes a morte nos fala de amor.
Nos lembra de como perdemos tempo não amando, não estando junto de quem se gosta, preocupados com coisas fúteis quando o importante mesmo está ao nosso lado, ali, bem perto.

As mortes desse 13 de agosto de 2014 me fizeram refletir.
Fizeram despertar em mim certezas, saudades, lamento, desejos, vontades.
Parece que uma represa de sentimentos ruiu, rachou, e agora eles lançam-se todos na corredeira da vida me mostrando verdades, caminhos, situações.

Quanto tempo perdemos com sentimentos de medo, culpa, desamor.
Tempo precioso de estar com quem se ama, construindo no dia a dia uma convivência.
Compartilhando experiências, confidências, medos. 
Um olhar, um tocar de mãos, um sorriso cúmplice. 

Amar o outro na sua diversidade, diferença, igualdades, convergências.
Isso pra mim é amar.

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